Psicóloga infanto-juvenil CRP 08/43364

Ansiedade na infância

A ansiedade é uma reação natural e importante, funcionando como um sistema de alerta que nos prepara para enfrentar diferentes situações. Contudo, quando essa resposta se manifesta de forma excessiva, frequente e passa a impactar negativamente o cotidiano da criança, torna-se fundamental buscar a avaliação de um profissional especializado.

É crucial reconhecer a diversidade das manifestações ansiosas na infância. Não existe um único tipo de ansiedade, e suas características podem variar significativamente. Ademais, é comum que uma criança apresente comorbidades, ou seja, a coexistência de mais de um tipo de transtorno de ansiedade.

A ansiedade pode desencadear uma variedade de reações, abrangendo o âmbito fisiológico (como taquicardia, sudorese), emocional (medo, irritabilidade), cognitivo (pensamentos negativos, preocupações) e comportamental (esquiva, agitação). Dessa forma, um comportamento infantil considerado “inadequado” pode, em sua raiz, ter uma causa emocional subjacente.

Nesse contexto, um comportamento desafiador pode ser uma expressão da ansiedade vivenciada pela criança. Ao direcionarmos a intervenção para a ansiedade, observa-se frequentemente uma melhora nos comportamentos e em outras áreas da vida que estavam sendo afetadas.

Sinais como dificuldade de socialização, receio em interagir com outros, a percepção de ser alvo de ridicularização pelos colegas, a busca constante por figuras adultas em situações de exposição para obter segurança, ou queixas somáticas recorrentes (mal-estar, dores) antes de sair de casa não devem ser considerados normais. É imperativo investigar as causas desses comportamentos e intervir de maneira apropriada. Embora possam parecer questões menores, quando não abordadas corretamente na infância, podem acarretar consequências significativas na adolescência e na vida adulta.

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